Se o aumento de infecções continuar por 4 semanas, Tóquio terá cerca de 1.160 casos por dia, dizem especialistas
A rápida disseminação do coronavírus foi tema de reunião de monitoramento na capital
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A região metropolitana de Tóquio registrou nesta quinta-feira (12) 393 novas infecções por coronavírus. O número excede pela segunda vez consecutiva os 300 casos, sendo o registro mais alto desde 8 de agosto, quando foram confirmadas 429 infecções.
A governadora Yuriko Koike, em reunião com um grupo de monitoramento, apelou para o reforço das medidas contra a disseminação do coronavírus, publicou a NHK.
O número de pessoas gravemente doentes com base no padrão de Tóquio, "usando um respirador ou oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO)", aumentou em um no dia anterior para 39.
Os especialistas disseram: "É necessário considerar como o início de uma rápida disseminação da infecção e ter muito cuidado com o agravamento da situação no futuro."
Koike comentou que com a chegada das festas de fim do ano “há uma possibilidade de que a propagação da infecção seja um risco. Portanto, tomem medidas com foco na prevenção e proteção de pessoas idosas”.
Na reunião, os especialistas relataram que o número médio de novas infecções confirmadas em Tóquio em sete dias até o dia 11 foi de 244, um aumento significativo em relação ao período anterior, de 165.
O grupo ressaltou que se o ritmo de aumento continuar por quatro semanas, o número de novas infecções confirmadas será de cerca de 1.160 por dia, o que é uma situação muito grave.
Além disso, reconheceu que o número de pacientes idosos com 65 anos ou mais está aumentando e que a infecção está se espalhando não apenas entre os mais jovens, mas também para uma ampla gama de gerações.
Um dos pedidos do grupo é para que as pessoas evitem os "3 Cs" (expressão em inglês para closed places: lugares fechados; crowded places: lugares lotados; closed contact settings: contatos próximos com outras pessoas) e lugares com má ventilação.
Por outro lado, no que se refere ao sistema de atendimento médico, avaliou-se que "parece necessário fortalecer o sistema", pois é preciso garantir leitos que deem conta do rápido aumento de pacientes.Fonte: Alternativa - 12/11/2020