Produção industrial do Japão cai pelo segundo mês consecutivo
Pesquisa da Reuters também mostra recuperação irregular em outros setores
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A produção industrial do Japão caiu pelo segundo mês consecutivo em outubro, enquanto as vendas no varejo cresceram no ritmo mais rápido desde maio de 2021, mostrou um levantamento feito pela Reuters com 17 economistas.
O conjunto misto de indicadores ressalta o desafio para a terceira maior economia do mundo seguir um caminho de crescimento sustentável, já que o primeiro-ministro Fumio Kishida, cujo apoio público está caindo, continua lançando estímulos para conter a inflação de custos.
Os dados do ministério da indústria, previstos para serem divulgados no dia 29 de novembro, devem mostrar que a produção industrial caiu 1,5% em outubro em relação ao mês anterior, após um declínio de 1,7% no mês anterior. Isso marcará o segundo mês consecutivo de quedas.
"Enquanto a produção de automóveis está se recuperando das interrupções no fornecimento, como a escassez de chips, as preocupações com a economia global estão aumentando, pesando sobre a demanda por peças e dispositivos eletrônicos sensíveis às perspectivas econômicas", disse Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute.
Em um vislumbre de esperança de recuperação do consumo privado, que representa mais da metade da economia, os dados devem mostrar que as vendas no varejo cresceram 5,0% em outubro em relação ao ano anterior, o maior crescimento anual desde maio de 2021.
A diminuição de uma sétima onda de infecções por coronavírus desencadeou uma demanda reprimida por vários itens, incluindo carros, cuja produção se recuperou em relação ao ano anterior, dizem analistas.
Outros dados que estão previstos para serem divulgados no dia 28 de novembro provavelmente mostrarão que o mercado de trabalho permaneceu apertado em um sinal de que a escassez de trabalhadores pode se intensificar em setores intensivos em mão de obra, como empresas do setor de serviços, possivelmente pressionando os salários para cima.
Ainda de acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego caiu para 2,5% em outubro, ante 2,6% no mês anterior. Já a disponibilidade de empregos deve ficar em 1,35 em outubro, ligeiramente acima dos 1,34 vistos no mês anterior, o que significa que mais de 10 empregos estavam disponíveis para cada 13 candidatos.Fonte: Alternativa com Reuters - 26/11/2022