Sony adquire novo terreno no Japão para construir fábrica de semicondutores

O local, na cidade de Koshi (Kumamoto), tem uma área de 270.000 metros quadrados

A Sony Semiconductor Solutions, empresa do grupo Sony especializada em semicondutores, anunciou nesta quinta-feira (25) a aquisição de um terreno com aproximadamente 270.000 metros quadrados na cidade de Koshi (Kumamoto). A informação foi revelada durante um briefing de política de gestão realizado pela empresa.

O objetivo da Sony é utilizar esse terreno para a construção de uma nova fábrica dedicada à produção de semicondutores, mais especificamente sensores de imagem. O CEO da Sony Semiconductor Solutions, Terushi Shimizu, disse que a empresa continuará investindo em seu crescimento, inclusive no próximo plano de médio prazo que abrange os anos fiscais de 2024 a 2026.

A Sony já está envolvida na construção de uma fábrica de semicondutores em Kikuyo, também na província de Kumamoto, em parceria com a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), a maior fabricante terceirizada de semicondutores do mundo.

Shimizu destacou que, embora as vendas de smartphones estejam atualmente em ritmo lento, a empresa está olhando para o futuro e se preparando para aproveitar as oportunidades de crescimento assim que o mercado se recuperar.

No ano fiscal de 2022, a Sony deteve uma participação de 51% no mercado mundial de sensores de imagem e planeja ampliá-la para 60% até o ano fiscal de 2025.

Embora as previsões para o mercado de smartphones tenham sido reduzidas devido às atuais condições do mercado, a empresa espera um crescimento anual de cerca de 11% nos próximos 30 anos no setor de modelos topo de linha, que é o foco principal da Sony. Por outro lado, as vendas para aplicações automotivas estão crescendo consistentemente, e a empresa acredita ser possível obter lucro nesse setor entre 2024 e 2025.

Além disso, Shimizu ressaltou a existência de uma escassez crônica de recursos humanos na indústria e destacou que "atrair talentos é um desafio para todo o setor".
Fonte: Alternativa com Reuters - 25/05/2023