Crítica ao governo do Japão: escassez de mão de obra e sem política de imigração
A palavra "amigo" vem sendo usada nos textos japoneses [アミーゴ]. Desta vez, um veículo de economia e finanças – Diamond – trouxe uma matéria sobre a falta de mão de obra estrangeira em Oizumi (Gunma), onde até a apresentação de um アミーゴ vale uma recompensa. Citou as revistas e publicações gratuitas que tem anúncios de oferta de vagas, desde bentoya pagando de ¥900 a ¥1.100 a hora como nas indústrias de autopeças com salário de ¥1.200 a ¥1.400 a hora.Como em Gunma tem Panasonic e Fuji, há subcontratadas (ukeoi) que dão recompensa por apresentação do アミーゴ. E também, a revista menciona que o mercado faz cada vez mais exigência de um bom nível do idioma japonês.
A revista faz uma crítica ao governo japonês: "olhando para o passado, na época da bolha econômica, os nikkeis brasileiros foram atraídos para suprir a falta de mão de obra. Entretanto, olhando só para o padrão 'nikkeijin', não teve nenhum critério de seleção pelo nível educacional, competências para o trabalho, tampouco do conhecimento do idioma japonês. Após o recebimento dos trabalhadores estrangeiros, é muito importante oferecer cuidados, mas o governo não demonstrou interesse. Por isso, os custos para o ensino do idioma e outros cuidados tornaram-se um fardo para cada prefeitura. Por conta disso, sem adaptação ao local de trabalho e sem os cuidados necessários, não são poucos os estrangeiros dependentes do seikatsu hogo".
Prossegue explicando que após o Lehman Shock, em 2008, muitos brasileiros voltaram para o país de origem com a ajuda do governo. Apesar da liberação da volta a partir de 2013, "há necessidade de considerar a política de imigração com visão no futuro. Isso porque a escassez de trabalhadores vai se aprofundar ainda muito mais", analisa.
Fonte: IPC Digital com Diamond - 29/08/2016