Pesquisa mostra alta de 9,3% no número de trabalhadores brasileiros no Japão
O país superou a marca de 1 milhão de trabalhadores estrangeiros
O número de trabalhadores brasileiros no Japão saltou de 96.672 pessoas em 2015 para 106.597 no ano passado, informou nesta sexta-feira (27) o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social em relatório resumido sobre o perfil da mão de obra estrangeira no país.Segundo os dados, o aumento no número de trabalhadores brasileiros registrados foi de 9,3%. Esses números são resultado de pesquisa realizada anualmente pelo governo japonês junto a 172 mil empresas contratadoras de mão de obra estrangeira.
Os números não incluem, por exemplo, crianças, autônomos e pessoas que atuam no mercado de trabalho informal.
Conforme o relatório divulgado, o número total de estrangeiros registrados como trabalhadores cresceu 16,2%, de 907.896 para 1.083.769 pessoas. Isso significa que o país superou a marca de 1 milhão de trabalhadores estrangeiros devidamente cadastrados como tal.
Os trabalhadores estrangeiros registrados são na maioria chineses (344.658), seguidos dos vietnamitas (172.018) e dos filipinos (127.518). A seguir aparece a comunidade brasileira na quarta posição.
Os brasileiros representam 9,8% do total de estrangeiros cadastrados como trabalhadores.
Por tipo de autorização de residência no país, dos 106.597 brasileiros registrados como trabalhadores, 55.772, ou 49,5%, possuem visto permanente; 36.727, ou 26,3%, possuem visto de longa duração; e 15.499, ou 14,5%, são portadores de visto de cônjuge ou parente de nacional japonês.
Esta foi a segunda vez, desde a crise da falência do banco de investimentos Lehman Brothers (2008), que o número de brasileiros cadastrados como trabalhadores apresentou alta. Entre outubro de 2014 e outubro de 2015 este total registrou alta de 2,5%, apesar da queda no número de residentes brasileiros no arquipélago.
Contudo, desta vez, a alta no número de brasileiros registrados como trabalhadores deve refletir a previsão de alta no número de brasileiros residentes no arquipélago, fato que não ocorre desde 2008.
Fonte: Alternativa com Reuters - 27/01/2017