Taxa de desemprego no Japão cai para 2,4%; empresas se esforçam para assegurar trabalhadores
As ofertas de emprego continuam altas, com 159 vagas para cada 100 candidatos
A taxa de desemprego do Japão caiu para 2,4% em janeiro, o menor índice em mais de 24 anos, e a disponibilidade de emprego permaneceu no maior nível das últimas quatro décadas, segundo dados divulgados pelo governo nesta sexta-feira (2).
Os dados sugerem que as empresas enfrentam uma intensificação da concorrência para assegurar trabalhadores, uma vez que a economia vive o segundo maior ciclo de expansão do pós-guerra.
O farto mercado de trabalho, no entanto, ainda não se traduziu em um crescimento salarial robusto no Japão.
A taxa de desemprego caiu 0,3 ponto percentual em relação a dezembro para o menor nível desde abril de 1993. O índice permanece abaixo de 3% desde junho de 2017, segundo dados do Ministério de Assuntos Internos e das Comunicações.
O índice de oferta de empregos, entretanto, ficou em 1.59 em janeiro, inalterado em relação a dezembro, no nível mais alto desde janeiro de 1974, de acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social. Isso significa que havia 159 ofertas de emprego para cada 100 candidatos.
"As condições de emprego do Japão têm melhorado constantemente", disse um funcionário do Ministério de Assuntos Internos.
O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe tem encorajado as mulheres e os idosos a se juntarem à força de trabalho diante do envelhecimento rápido da população ativa do país.
O desemprego feminino caiu 0,5 ponto em relação a dezembro, para 2,2%, o menor nível desde outubro de 1992, enquanto a taxa de desemprego para os homens caiu 0,3%, para 2,5%, um patamar não observado desde setembro de 1993.
À medida que o crescimento econômico global ganha força, o sentimento empresarial vem melhorando no Japão. Mas pequenas e médias empresas estão enfrentando uma maior escassez de mão de obra.
Abe pediu às empresas que aumentem os salários em 3% durante as negociações anuais com os sindicatos, que ocorrem até meados de março.
Porém, muitos economistas dizem que os reajustes salarias podem não corresponder às expectativas, já que as empresas continuam cautelosas em relação ao futuro da economia.
Fonte: Alternativa com Reuters - 02/03/2018