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Japão vai dividir novos trabalhadores estrangeiros por região e tipo de serviço

As cidades do interior enfrentam crises mais severas de falta de mão de obra em relação às metrópoles

• O governo japonês disse nesta quinta-feira (20) que planeja dividir o número de novos trabalhadores estrangeiros por região e tipo de serviço, como parte dos esforços para evitar que eles se concentrem nas grandes cidades, informou a agência de notícias Kyodo.
  
  As cidades do interior enfrentam crises mais severas de falta de mão de obra em relação às metrópoles. Para evitar a concentração excessiva de trabalhadores estrangeiros em Tóquio e outras grandes cidades, o Ministério da Justiça planeja tornar público, a cada três meses, quantos estrangeiros estariam trabalhando sob o novo esquema de vistos por província e tipo de indústria.
  
  O ministério revelou o plano em uma reunião com legisladores do Partido Liberal Democrata, que adotaram um conjunto de medidas governamentais para aceitar mais trabalhadores estrangeiros sob a lei revisada de imigração promulgada no início deste mês.
  
  Espera-se que o governo endosse formalmente as medidas, incluindo o apoio aos trabalhadores estrangeiros, na próxima terça-feira.
  
  O Japão planeja aceitar até 345.150 estrangeiros sem qualificação de países asiáticos em 14 setores de trabalho, como construção, agricultura e cuidados aos idosos, ao longo de cinco anos a partir de abril de 2019, sob o novo sistema de visto que permite estadia de até cinco anos, sem direito a trazer familiares.
  
  A medida marca uma grande mudança de política para o país que basicamente concedeu vistos de trabalho apenas a nikkeis e profissionais altamente qualificados, como médicos e professores.
  
  Os candidatos ao novo status de trabalho serão obrigados a passar nos exames de idioma japonês e de habilidades técnicas.
  
  Os exames técnicos devem ser realizados a partir de abril em apenas três áreas de atuação - cuidados aos idosos, hotelaria e serviços em restaurantes.
  
  Os 11 setores restantes devem ser ocupados inicialmente por estagiários que já trabalham no Japão e que poderiam mudar para o novo tipo de visto, sem necessidade de exames técnicos.
  
  Quanto às medidas de apoio aos trabalhadores estrangeiros, o governo pretende criar 100 centros de consulta em todo o país e fornecer serviços administrativos e informações sobre desastres naturais em vários idiomas.